Estoque mínimo: como proteger sua produção contra falhas e imprevistos
Manter um estoque mínimo é uma prioridade para gestores industriais. Afinal, o também conhecido como estoque de segurança, de reserva ou proteção tem o papel central de suprir a produção frente às flutuações de mercado e à falta de insumos.
O desabastecimento, inclusive, já foi um problema para 22 dos 25 setores da indústria, segundo a CNI. Não ter insumo para atender a demanda significa perdas de vendas, resultando em queda no lucro e até mesmo no crescimento da empresa.
Em um cenário de alta competitividade industrial, isso pode representar também a perda de clientes no futuro. Portanto, é importante manter um estoque mínimo, garantindo que o fluxo de vendas ocorra normalmente.
Neste artigo, abordaremos a importância do estoque mínimo, suas vantagens, como calculá-lo e as melhores práticas para otimização. Confira!
O que significa estoque mínimo?
O estoque mínimo é toda a quantidade extra de inventário mantida para cobrir imprevistos que afetam a linha de produção, como aumento de demanda ou atraso na entrega. Ele atua como um amortecedor entre a demanda do cliente e o período necessário para o reabastecimento dos produtos.
O estoque de segurança também pode ser utilizado no caso dos insumos ficarem mais caros, seja por alta do dólar, problemas logísticos ou outros fatores. Portanto, ele tem o objetivo de proteger as operações contra as incertezas do mercado.
Assim como qualquer estoque, ele é formado por produtos que estão disponíveis para produção e venda. Ao implementá-lo, sua produção fica mais segura, protegendo o fluxo produtivo e reduzindo os impactos negativos no atendimento ao cliente.
Qual a função do estoque mínimo?
Ele tem como função evitar que falte matéria-prima ou produtos para atender a demanda de um cliente. Imagine um comprador fazer um pedido e a empresa não poder atender pois não tem o insumo necessário? Essa é uma situação que o estoque mínimo ajuda a evitar.
Qual a importância do estoque mínimo?
Além da já citada redução de riscos, como alta de preços e problemas logísticos com os fornecedores, o estoque mínimo tem boa interferência no atendimento ao cliente e na eficiência operacional.
Quando o estoque está abastecido devidamente, o comprador tem melhor experiência de compra já que sabe que será atendido com eficiência. Isso resulta em fortalecimento de confiança na marca e na empresa como um todo.
Por outro lado, o estoque mínimo pode melhorar a eficiência operacional, pois ajuda a reduzir desperdícios e a otimizar o capital de giro, garantindo melhor utilização dos recursos.
Como calcular o estoque mínimo?
O cálculo do estoque mínimo depende de uma série de fatores. O primeiro deles é entender a demanda média e a variabilidade de consumo, uma vez que isso ajuda a determinar o quanto de estoque adicional é necessário para cobrir incertezas.
O segundo fator é o tempo de reposição, chamado de lead time do fornecedor — que é o período entre fazer um pedido e ele ser entregue. Quanto maior o tempo, maior deve ser o estoque mínimo.
Sendo assim, a fórmula do estoque mínimo é:
Para exemplificar, vamos supor que uma empresa de canetas venda aproximadamente 50 peças por dia e o tempo de reposição do estoque é de 5 dias.
Estoque mínimo = 50 x 5
Estoque mínimo = 250
Neste exemplo, vimos que o estoque mínimo é de 250 itens. Dessa forma, a empresa conseguirá atender a demanda em caso de gargalos.
O impacto do nível de serviço no estoque mínimo
É até recomendável que seja estocado um valor acima do estoque mínimo para atender a um possível aumento expressivo da demanda. Isto é, considere o nível de serviço desejado, que reflete a probabilidade de atender pedidos sem falha.
Nesse sentido, indústrias com alta exigência podem optar por manter um estoque de segurança mais elevado para manter o seu nível de serviço com alta qualidade.
Portanto, mesmo que esse atributo não entre diretamente na fórmula, é importante observá-lo na sua tomada de decisão. Ele dá o direcionamento para que a empresa mantenha um estoque em quantidade razoável ao mesmo tempo em que protege a sua margem de lucro.
Quais são os principais desafios no gerenciamento de estoque mínimo?
Muito além de fazer os cálculos, existem outros desafios relacionados ao gerenciamento de estoque mínimo. O principal deles está relacionado a imprevistos, sendo este o principal causador de movimentações no setor. Outro desafio está relacionado aos gastos, já que manter um estoque pode ser altamente custoso para a empresa, afetando o caixa.
Outros desafios do estoque mínimo são:
- Erro na previsão de demanda;
- Custos de manutenção;
- Risco de obsolescência dos produtos;
- Atrasos do fornecedor;
- Complexidade operacional;
- Falta de espaço no estoque;
- Falta de integração com tecnologias.
Quais são as estratégias para otimizar o estoque mínimo?
Para superar esses desafios, separamos algumas estratégias que podem auxiliar a sua indústria. Ao evitar esses problemas , o gerenciamento ficará mais fácil — o que também impacta na eficiência operacional da produção.
Curva ABC de estoque
A curva ABC é uma classificação que organiza os produtos em três categorias (A, B e C), de acordo com o valor e o volume de demanda. Os itens "A" são os mais importantes e de maior valor, "B" são de importância média, e "C" são de menor valor. A partir dessa classificação, o estoque mínimo é ajustado para cada categoria, priorizando os mercadorias mais críticas e que mais saem.

Ao utilizar esse modelo de classificação, a indústria se permite estocar mais produtos da categoria A do que da categoria C, por exemplo, evitando excesso de itens que trazem pouco retorno.
Implementação da técnica Just-in-Time
A técnica Just In Time tem como objetivo receber e produzir apenas o necessário, o que reflete diretamente no estoque mínimo. Com isso, a empresa pode reduzir o máximo de quantidade de produtos estocados, pois os insumos que chegam rapidamente são transformados em produtos finais.
Vale destacara que, ao optar por essa estratégia, é importante sempre ter um estoque mínimo para evitar possíveis gargalos. A produção não pode ficar refém dos fornecedores.
Aplique revisões periódicas
Adotar revisões periódicas permite ajustar os níveis de estoque conforme as previsões de demanda, fornecimento e outras variáveis mudam ao longo do tempo. Fatores sazonais, por exemplo, podem fazer com que uma determinada peça seja mais vendida em uma época do ano, como árvores de natal nos meses de novembro e dezembro.
Com revisões frequentes, a indústria melhora as previsões de demanda, pois os ajustes periódicos permitem identificar padrões e mudanças de demanda com mais precisão. Além disso, ela mantém o nível de serviço desejado.
Uso do MES + APS da aloee
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O que isso impacta no estoque mínimo? Tudo! Enquanto o APS fica responsável por sequenciar a produção, planejar e agendar com precisão a demanda e os recursos, o MES monitora o controle da produção em tempo real.
A partir das informações obtidas, a indústria pode ajustar rapidamente os níveis de estoque mínimo com base na real necessidade de produção, reduzindo excessos e prevenindo rupturas. Essa integração ajuda a otimizar a cadeia de suprimentos, melhorando o planejamento e evitando faltas de estoque.
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